
Hildegarda foi autora de várias obras musicais de temática religiosa incluindo Ordo Virtutis, uma espécie de ópera que relata um diálogo de um grupo de freiras com Deus. Alegava ter visões inspiradas por Deus, que o próprio a incentivou a escrever em livros. A primeira colectânea destas visões Scivias foi completada em 1151. A esta obra seguiram-se Liber vitae meritorum e De operatione Dei. Escreveu ainda dois dos únicos livros de medicina escritos na Europa no século XII, onde demonstrou um conhecimento notável de plantas medicinais. Na sua obra encontram-se escritos sobre temáticas místico-religiosas e médico-farmacêuticas.
Os livros de medicina de Hildegarda de Bingen são, Liber simplicis medicinae sobre plantas, animais e minerais de uso terapêutico e o Liber compositae medicinae acerca da natureza, causas e sintomas das doenças com base na fisiologia microscópica, mencionando a influência das estrelas sobre o corpo. Após esta introdução cosmológica, descreve as doenças da cabeça aos pés, falando de questões sexuais, doenças venéreas, higiéne na gravidez e no pós-parto, bem como de regras para suprimir os desejos sexuais. Os seus escritos tiveram bastante influência no seu tempo e destaca-se a atenção dada às questões ginecológicas. Tornou-se numa figura espiritual reconhecida à qual papas, reis, eclesiásticos e figuras dignatárias se voltavam para conselhos. A sua influência foi sentida por toda a Europa medieval.
Hildegarda baseava-se na medicina popular e tradição popular, recorrendo a amuletos, procedimentos mágico-religiosos e exorcismos de demónios.
Actualmente pensa-se que estas visões possam representar sintomas de enxaqueca. A sua fama de mística e santidade ultrapassou as fronteiras do seu convento e do seu país, chegando a Roma. O Papa Eugênio III estabeleceu uma comissão para investigar a sanidade de Hildegarda e a validade das suas obras. A comissão visitou Bingen e após diversas entrevistas com Hildegarda, a abadessa foi considerada sã. Após quatro tentativas de canonização, Hildegarda permanece apenas beatificada. A Igreja Anglicana a reconhece como santa. É considerada a padroeira dos lingüistas. (fonte wickipedia)
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