A Marcha Mundial das Mulheres é uma ação do movimento feminista internacional de luta contra a pobreza e a violência sexista. Sua primeira etapa foi uma campanha entre 8 de março e 17 de outubro de 2000. Aderiram à Marcha seis mil grupos de 159 países e territórios. As manifestações de encerramento desta primeira fase da Marcha no dia 17 de outubro de 2000 mobilizaram milhares de mulheres em todo o mundo, nesta ocasião foi entregue a ONU um abaixo assinado com cerca de cinco milhões de assinaturas em apoio às reivindicações da Marcha.A mobilização de mulheres gerada pela Marcha não parou por aí. Os contatos feitos entre variados grupos de diferentes países criou uma rede feminista que pretende se preservar, para assim fortalecer a luta das mulheres.
No Brasil, a Marcha Mundial das Mulheres juntou setores como o movimento autônomo de mulheres, movimento popular e sindical, rural e urbano; ampliou o debate econômico entre as mulheres e as trouxe para as ruas. Construímos uma plataforma nacional , a "Carta das Mulheres Brasileiras" que exige terra, trabalho, direitos sociais, auto-determinação das mulheres e soberania do país.
O combate à pobreza e à violência feita as mulheres continua a ser o eixo de nossa intervenção, sempre com uma forte ação feminista e anti-capitalista na luta pela igualdade, justiça, distribuição de renda, recursos e poder.
Depois do 17 de outubro de 2000, a Marcha esteve presente no Fórum Social Mundial, no 8 de Março, no 1º de Maio, na Marcha das Margaridas e em várias campanhas nacionais e internacionais. Queremos continuar debatendo com as mulheres temas como:
- A subordinação do governo atual aos interesses do FMI e Banco Mundial - O corte dos gastos públicos nas áreas de saúde, educação, ciência e tecnologia e acesso a terra entre outros - A negociação da dívida externa - A impunidade nos crimes contra as mulheres (vide casos Margarida Alves e Sandra Gomide) - Os acordos comerciais e suas conseqüências para a vida das mulheres - Economia feminista - A valorização do Salário Mínimo.
Acreditamos que o movimento anti-globalização que emergiu com toda a força em Seattle e Praga está impondo uma derrota ao pensamento único neoliberal. Queremos que o movimento de mulheres seja parte ativa e protagonista nesta luta e que as reivindicações que tratam da auto-determinação das mulheres sejam incorporadas pelo conjunto do movimento.
Para isto, a forma como atuamos na Marcha com ações internacionais, nacionais e locais é muito positiva e deve continuar, para assim criarmos uma consciência social favorável às nossas reivindicações. A Marcha Mundial das Mulheres continua! (fonte www.sof.org.br)
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