"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!"
Florbela Espanca

11 de fevereiro de 2012

PALMIRA MARTINS DE SOUSA BASTOS

Palmira Martins de Sousa Bastos (1875/1967)
Atriz de teatro portuguesa, filha de pais espanhóis, gente modesta que fazia teatro de terra em terra. Ele de Valhadolide e a mãe de Santiago de Compostela. Passavam perto de Alenquer quando a mãe sentiu as dores de parto. Como era a terceira filha, o pai, antevendo mais despesas desapareceu, antes de ver o bebé.
A mãe procurou trabalho em Lisboa, como costureira e à noite atuava como corista no Teatro Trindade. Conheceu o empresário António Sousa Bastos quando passou para o Teatro da Rua dos Condes. Maria da Conceição (Palmira mais tarde) ia com a mãe e o teatro foi o seu lar. Nunca desejou ser mais nada. Quando aos 15 anos teve oportunidade, subiu ao palco. Era o dia 18 de Julho de 1890 depois foi uma carreira de sucesso ininterrupta. Em 1893 passa para o Teatro Nacional de D. Maria III e vai na sua primeira digressão ao Brasil.

Casou, em 1894 com o empresário Sousa Bastos, mais velho trinta anos. Palmira Bastos, de seu nome artístico teve um repertório variado e era tão brilhante na revista como na tragédia. Em 1920 passa para a Companhia Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro. Em 1965 festejou com brilho e repercussão no País os seus 90 anos, e 75 de carreira. Teve grandes homenagens num país normalmente pouco dado a reconhecer em vida o mérito dos seus maiores. Palmira Bastos era amiga da rainha D. Amélia e quando a ex-rainha esteve em Portugal, nos anos 40, ambas recordaram as actuações brilhantes da atriz. Palmira Bastos trabalhou praticamente até ao fim da vida, sempre lúcida e entusiasmada. É mais um dos nomes maiores do Teatro português.
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Fonte: Net

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