
Um importante grupo de mulheres líderes de todo o mundo expressou neste sábado (17) a urgente necessidade de que as políticas de segurança incluam o respeito dos direitos humanos e, para isso, pediu um papel mais destacado das Nações Unidas.
Mais de 70 mulheres de 30 países encerraram neste sábado, em Nova York, a primeira Cúpula Internacional de Mulheres Líderes para a Segurança Mundial, organizada pela Fundação Annenberg, o Projeto Casa Branca, o Conselho de Mulheres Líderes do Mundo e o Fórum Intercultural de Mulheres Líderes.
Mary Robinson, ex-alta comissária da ONU para os Direitos Humanos e ex-presidente da Irlanda, e a ex-primeira-ministra do Canadá Kim Campbell foram as anfitriãs da reunião, da qual também participaram a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos Madeleine Albright e a subsecretária-geral da ONU, Asha-Rose Migiro.
"Pedimos aos governos que usem de forma mais eficaz todos os instrumentos que temos em nossas mãos", como a resolução 1.325 do Conselho Geral da ONU sobre mulher, paz e segurança, para conseguir o cumprimento dos direitos humanos, afirma o documento final da cúpula. A resolução foi adotada há cinco anos pelo principal órgão da ONU.
Eles destacaram que as políticas de segurança "têm de estar firmemente baseadas nos direitos humanos e na lei internacional" e pediram mais apoio às reformas do sistema das Nações Unidas para que a instituição seja a mais forte na defesa dos direitos das mulheres.
As participantes do evento reconheceram que a economia pode desempenhar um papel fundamental para abordar os problemas relacionados com a insegurança.
Durante a reunião de dois dias, elas trataram questões sobre como abordar ameaças globais como o terrorismo, a mudança climática, a insegurança econômica e os abusos dos direitos humanos no mundo, incluindo os crimes contra a humanidade.
As líderes analisaram as maneiras de aumentar o poder das mulheres no mundo, pois, embora sejam a metade da população, seu acesso aos postos de poder político se reduz a uma média de 15%.
Durante a conferência, Migiro destacou a importância de que haja mais mulheres em postos de poder para construir sociedades mais saudáveis, educadas, pacíficas e prósperas. "Estudos após estudos demonstram que, quando as mulheres estão em posições de poder, toda a sociedade se beneficia", afirmou.
Migiro lembrou que há dois anos, durante a Cúpula Mundial da ONU, as líderes declararam que a igualdade de gênero e o respeito dos direitos humanos eram condições essenciais para conseguir avanços em desenvolvimento, paz e segurança. "Ainda estamos longe de conseguir esta meta", afirmou.
Ela disse que a plena incorporação da mulher à sociedade começa nas escolas e passa pela independência econômica e sua presença nos órgãos de decisão política.
Migiro destacou que na maioria dos países as mulheres continuam com uma representação pequena nas posições de poder, seu trabalho continua sendo subestimado e há violência contra meninas e mulheres no mundo todo.
(fonte: globo.com)
(fonte: globo.com)
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