"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!"
Florbela Espanca

19 de dezembro de 2007

A MULHER NOS ANÚNCIOS É ALVO DE EXPOSIÇÃO

Tudo pela beleza

Pouco mudou quando se fala em beleza feminina.
Estar com o corpo em dia é condição
para ser bem-sucedida, aceita e amada.
Os anúncios muitas vezes criam
necessidades que não existem de verdade
- como este de 1926,
que vende um produto contra o suor

O marido

''Não receie a crítica do marido'',
diz este anúncio do Café Paulista, de 1938.
Nada pior para uma dona de casa
que busca a perfeição do que não ser
admirada por seu amo e senhor,
pelo menos no que diz respeito
aos cuidados com a casa e a família
Prazer ao fogão

As mulheres de hoje
podem custar a crer que um comercial
como este pudesse fazer sucesso há 60 anos.
Mas o anúncio do óleo de soja de 1938
seguia o padrão da época,
em que o lar era o assunto de
maior interesse para elas
Avanços tecnológicos

Na década de 50,
o ''prazer'' de cuidar da casa
foi sendo ultrapassado,
já que a tecnologia reduzia
o trabalho doméstico
Fora de casa

Anúncios chamando a mulher
para o mercado de trabalho
começaram a aparecer na década de 60,
quando ela passou a ocupar espaços

Padrões

Ao longo de oito décadas,
a associação de beleza a
juventude e magreza foi se
tornando cada vez maior e inflexível,
até chegar à anorexia de hoje
Objeto

Poucos comerciais são mais preconceituosos
do que este, de 1982,
que compara a mulher a
um empreendimento imobiliário.
Pior ainda é a referência às domésticas

Fonte: revistaepoca.globo.com

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