"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!"
Florbela Espanca

21 de abril de 2008

DÍDIMA


Dídima foi uma babá nascida no Egito alexandrino em 13 a.C.

Naquela época, quando os pais não queriam um filho recém-nascido, levava-o para o templo local, onde quem pegasse a criança tornava-se seu dono e poderia criá-la, escravizá-la ou vendê-la. Uma mulher, Isadora, pegou uma das crianças expostas para ser sua escrava e contratou Dídima para tomar conta e alimentá-la, pagando-lhe dez dracmas de prata e meio litro de óleo por mês. O óleo era parte do pagamento por causa de suas múltiplas finalidades: sabão, combustível para lampiões, creme umedecedor e ingrediente de culinária.
Dídima ficava com a criança na sua pequena casa de campo e quatro dias por mês levava o bebê para a inspeção de Isadora.



Outras obrigações dela: estar sempre limpa, alerta, sóbria, cuidar bem de si mesma e da criança, tomar conta de todos os pertences do bebê, não ficar grávida ou amamentar outra criança.


A prestação de serviço de Dídima incluía amamentar a criança durante 16 meses e, fracassando, teria que pagar uma multa de mais de quinhentos dracmas. Por sua vez, Isadora também teria que pagar uma multa de valor mais ou menos igual caso não pagasse o salário mensal de Dídima ou lhe tirasse o bebê antes do contrato terminar.
Fonte: Net

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