"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!"
Florbela Espanca

3 de setembro de 2008

GUIOMAR MADALENA DE SÁ VASCONCELOS BETTENCOURT MACHADO VILHENA



GUIOMAR MADALENA DE SÁ VASCONCELOS BETTENCOURT MACHADO VILHENA
(1705-1789)
«Era abastada madeirense que mercê de um secular processo de concentração de morgadios, sucedeu na administração dessas terras vinculadas, revelando-se não só como uma gestora desses bens fundiários, mas sobretudo, como mulher de grande atividade comercial, fazendo concorrência à colónia inglesa que detinha o principal comércio da Ilha, sobretudo relacionado com o vinho»
Aproveitou as terras da então desaproveitada Quinta das Angústias mandando restaurar as casas que iam da capela de Santa Catarina até à Quinta da Vigia (hoje sede do governo Regional, até ao mirante que ficou conhecido por «Mirante de Dona Guiomar» já assinalado no séc. XVIII em mapas, pois detinha ancoradouro.
A Dona Guiomar se deve a introdução da casta malvasia que se deu particularmente bem naquelas terras. «Era possuidora do último engenho de açúcar ainda existente na Madeira (Ribeira dos Socorridos).»
Desenvolveu a economia da Ilha, e soube com coragem e determinação lutar para ultrapassar os preconceitos da sua condição de mulher empresária.
«Perdeu, nos negócios, algumas pratas e jóias, vendeu algumas das casas que reconstruíra no Funchal, mas os bens vinculados permaneceram invioláveis e puderam, mais tarde, passar para os herdeiros, um dos quais o conde Carvalhal, não só vendeu a Quinta das Angústias, como também a do Palheiro Ferreiro, hoje em dia morada de ingleses, grandes comerciantes.»

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