"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!"
Florbela Espanca

27 de fevereiro de 2009

MAYANA ZATZ

A maior cientista do brasil, Pesquisadora top, com 230 trabalhos publicados, a bióloga Mayana Zatz ajudou a tratar a distrofia muscular e a mapear a genética da bactéria da praga do amarelinho.
‘Eu me interessava pelo conhecimento científicoque podia ter aplicação prática, como a vacina’ Mayana Zatz
Conhecido internacionalmente pelo Carnaval, futebol e a Amazônia, o Brasil raramente é lembrado quando o assunto é ciência. A bióloga Mayana Zatz, 55, é a prova de que podemos desenvolver pesquisas relevantes em uma áreade ponta: a genética. Coordenadora do Centro de Estudosdo Genoma Humano da Universidade de São Paulo, a importância dela pode ser avaliada pelo volume de sua produção científica. São cerca de 230 trabalhos publicados, dos quais quase 200 no Exterior. Há dois anos, ela ganhou o prêmio Mulheres na Ciência da América Latina, promovido pela Unesco e L’Oreal.
Pesquisadora top do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mayana se destacou por coordenar a pesquisa que localizou três genes ligados à distrofia muscular (degeneração progressiva da musculatura esquelética), indicando, assim, pistas para a cura da doença que atinge 80 mil brasileiros. Também foi uma das responsáveis por transformar o Brasil no primeiro país a seqüenciar o código de uma praga agrícola, participando do mapeamento genético da bactéria causadora do amarelinho, que destrói plantações de laranjas.
A paixão pela genética surgiu na adolescência, durante as aulas de biologia, mas seu interesse pela ciência remonta à infância na França, onde nasceu. Com cinco anos, ela adorava livros com a história dos cientistas franceses Madame Curie e Pasteur e sonhava em ser médica para ajudar as pessoas. “Eu me interessava pelo conhecimento científico que podia ter aplicação prática, como a vacina”, diz ela, que se mudou para o Brasil aos sete anos.
Casada com um engenheiro civil, mãe de dois filhos, de 29 e 31 anos, ela tem como hobby correr todas as manhãs em um parque perto de casa e ir ao cinema nos fins de semana. As leituras de Mayana, porém, ficam restritas às publicações científicas. “Minha mãe, que tem vasta cultura humanística, me acha um poço de ignorância”, diverte-se a cientista. (Fábio Farah - fonte Net)

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