"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!"
Florbela Espanca

28 de dezembro de 2011

MONJA COEN

‘Nossa história é uma história de guerras e conquistas. Já passamosda fase de ser guerreiros, precisamos de uma cultura de paz’ - Monja Coen
Em tempos de guerra o ofício de Claudia Souza ganha mais relevância. Zen-budista há 20 anos, monja Coen, como é conhecida, fez da criação de uma cultura de não violência sua missão na terra. “Nossa história é uma história de guerras e conquistas. Já passamos da fase de ser guerreiros, precisamos de uma cultura de paz.” A monja é um exemplo de que ser zen não é se retirar do mundo, mas ser ativo nas questões. Há dois anos, ela criou caminhadas com meditação nos parques de São Paulo. Todo terceiro domingo do mês, ela passeia pelo Parque da Água Branca, na região central da cidade, meditando, acompanhada de seguidores. “A energia da meditação é muito forte”, diz ela, que já promoveu encontros em outros parques públicos, na periferia e até na Praça da Sé, marco zero de São Paulo, para irradiar essa energia para a cidade. Além disso, ela faz palestras onde é convidada. “Minha missão é divulgar, expandir, abrir os caminhos para Buda. É como um canal de tevê. As pessoas podem ligar no canal Buda”, diz ela.
Olhos expressivos, tom de voz baixo, monja Coen, 56 anos, era jornalista nos anos 60. Abandonou um casamento, deixou a filha com a mãe, e partiu para os Estados Unidos onde foi buscar o caminho da meditação zen-budista. Depois seguiu para o Japão para se aprofundar nos estudos. Sem falar japonês, passou os três primeiros meses em clausura total. Após dois anos, teve autorização para aprender a língua. Lá, ela se casou com um monge 18 anos mais jovem e permaneceram juntos por dez anos. O casamento acabou aqui no Brasil – ele queria ter filhos e ela não podia mais. “Foi sem o menor rancor por parte dos dois. Acho importante as pessoas terminarem relacionamentos sem ficar com raiva um do outro”, diz ela. De volta a São Paulo desde 1995, após 19 anos longe do País, não se arrepende da escolha: “Posso fazer um trabalho missionário maior no Brasil." (fonte Net)

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