"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!"
Florbela Espanca

15 de agosto de 2010

SUZANNA DE CAMPOS

Suzanna de Campos Cintra Leite nasceu em São Paulo, a 19/10/1894 e faleceu a 08/07/1945 era descendente de tradicional família paulistana.
Sua vida foi inteiramente dedicada a pratica do bem.
Como esposa fez, do seu amor o conforto sadio e estimulo decisivo do companheiro que Deus lhe deu.
Como mãe estremecida transformou seu coração num remanso perfeito de atributos exemplares.
E de fato era assim, acessível ao doente, ao infeliz, ao pobre, todas as horas em que a ela recorria, podendo ser considerada como um anjo de bondade.
Dr. Silvio de Campos seu esposo foi concessionário entre outros da Estrada de Ferro e o incorporador das companhias Perus Pirapora e depois Da Companhia Brasileira de Cimento Portland.
Proprietário de terrenos em Perus e sentindo a necessidade da existência de um grupo escolar para atender as crianças do local, doou uma área de terreno ao Governo , para que ali fosse construído o prédio escolar.
“A vida de Suzana de Campos foi sempre e toda ela sublimação permanente de bondade”.
O tempo que costuma tudo destruir fêz, entretanto de sua alma um poema de perfeição, de tal sorte que todos os momentos da sua existência era para ela expressão de alegria por praticar o bem, somente o bem, enquanto corria o tempo.
Numa homenagem do governo do Estado de São Paulo, foi dado o nome de Suzanna de Campos ao Grupo Escolar de Perus, instalado em majestoso edifício no povoado do mesmo nome junto a Estação da Estrada de Ferro Santos Jundiaí.
Seu livro intitulado “Exílio Harmonioso” alcançou o premio “Olavo Bilac “ da Academia Brasileira de Letras e dentre as encantadoras poesias contidas nele podemos citar “A taça de Cristal"


A Taça de Cristal

Tenho uma taça de cristal vermelho
Toda por fora de ouro recamada
Sempre que eu vou limpá-la eu me Ajoelho.
O pensamento em minha mãe amada

Como a do Rei de Tule, também ela
Possui a sua encantadora história
Naturalmente é muito singela
Mas não é menos alta a sua glória.

Entrou em nossa casa, certo dia
Quando estavam à mesa as outras todas
Festejando a mais lírica alegria
Da mais alegre e lírica das bodas

E foi erguida apenas neste instante
Para saudar uma felicidade
Feita de puro amor, amor constante
Que se tornou maior intimidade.

Vinte e cinco anos de união sincera
Roseira em flor com vinte e cinco rosas
Dois corações em plena primavera
Primavera das mais maravilhosas.

Porém a morte nos entrou em casa
E encheu a nossa tristeza
Pois que levou à sombra de sua casa
A que era só bondade e só nobreza

Eis porque eu limpo a minha taça, agora,
Sempre de joelhos, longe o pensamento
Busco-a no firmamento onde ela mora
Porque ela deve estar no firmamento.

(fonte: Net)

3 comentários:

Anônimo disse...

o dr. silvio de campos foi seu pai.
seu marido era dr. mario cintra leite. suzanna teve mais de 30 livros de poesia publicados durante sua vida

Anônimo disse...

Creio que Silvio de Campos tenha sido seu irmão, encontrei dedicatórias dela para ele em livros que sempre se referiam a ele como Silvinho, irmãozinho, querido irmão.

Anônimo disse...

O casal Sylvio de Campos e Suzanna de Campos (cujas datas de nascimento e falecimento constam no começo do verbete) tiveram diversos filhos, entre eles Sylvio de Campos Filho, conhecido como Dibinho, Suzanna de Campos, a poetiza que esta sendo confundida com sua mãe de mesmo nome, Carlos de Campos e Luciano de Campos. O Sylvio de Campos pai era filho de Bernardino de Campos um dos responsáveis pela declaração da Republica.